
Sorri, por favor, sorri mais uma vez, preciso de reter de forma detalhada todo esse fenómeno que transforma a tua face, todos os contornos, esse fechar de olhos rápido esse lábios que fogem para os lados como se não tivessem um fim e que culmina nas covinhas junto das tuas bochechas que, por vezes, nessa tua face magra, julgo desaparecidas! Como eu odeio despedidas, nunca me havia sentido assim, tão necessitada da presença de alguém e quase ralho comigo mesma por desperdiçar momentos contigo questionando-me sobre o que será de nós quando não estivermos junto um do outro! Sempre pedi a perfeição, embora a julgasse impossível, não a procurei, esperei e depois de tanto tempo, de tantas quedas e ilusões, esbarrou-se comigo, e tomou conta do meu pensamento, das minhas sensações! E divago sobre tudo nisto nos segundos em que sorris, o meu raciocínio é rápido demais, quase tão rápido como o batimento do meu coração quando perto de ti! Eu não quero sair de junto de ti, não quero sentir saudade da força única e reconfortante que encontro nos teus braços , dos momentos em que o mundo parece ter parado, mas que passam depressa demais para o tempo em que estamos! Tu mostras-me algo que eu não consigo descrever, e eu sinto que todos os dias te amo mais e que cheguei ao limite do sentimento, mas tu, tens um poder único de o fazer crescer e tomas por completo o que sou! Estou a ver-te sair, estás mesmo a virar-me costas e como eu detesto saber que terei de entrar em contagem de novo para te poder sentir, sou tão precipitada! Tu estás a virar-te, não me tortures, vai logo embora, estas a deixar-me sem jeito, sinto-me completamente embevecida, sou tão dependente de ti! Não corras, não o faças, não, pára.
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